segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Nas sombras da comunicação Brasileira

No Brasil hoje temos 271 políticos sócios ou diretores de emissoras de televisão e rádio, os meios de comunicação que mais atingem a população. e Em ano de eleições, interesses políticos e econômicos dos proprietários de veículos de comunicação afetam diretamente a programação e mesmo a cobertura jornalística dessas empresas, chegando a influenciar no processo eleitoral. Apesar de ser proibido em nossa Constituição Federal, o número de políticos empresários da mídia só vem crescendo. São (ou foram) candidatos privilegiados, porque podem tirar vantagem dessa condição em campanha. O resultado é antidemocrático.
Dados apurados recentemente pelo Instituto de Estudos e Pesquisas em Comunicação (Epcom) revelam que 271 políticos brasileiros contrariando o texto constitucional (artigo nº 54, capítulo I) são sócios ou diretores de 348 emissoras de radiodifusão (rádio e TV). Desses, 147 são prefeitos, 48 são deputados federais; 20 são senadores; 55 são deputados estaduais e um é governador. Esses números, porém, correspondem apenas aos políticos que possuem vínculo direto e oficial com os meios não estão contabilizadas as relações informais e indiretas, por meio de parentes e laranjas, que caracterizam boa parte das ligações entre os políticos e os meios de comunicação no País.
Espanta-me a quantidade de prefeitos donos de veículos de comunicação. Demonstra a conveniência do Executivo em usar esses meios para manter uma relação direta com quem os colocam no poder.
Entre as mídias mais apreciadas pelos prefeitos, conforme a pesquisa destacam-se o rádio OM, espaço onde acontecem os debates públicos, e as rádios comunitárias que permitem a proximidade com a comunidade, a troca diária com o eleitorado, seja por meio da administração da rádio, seja pelo controle da programação.
Já os senadores e deputados aparecem como proprietários de mídias com maior cobertura, como as TVs e FMs.
Em ano de eleições, é difícil imaginar que esses políticos deixem de usar seus próprios meios de comunicação para tirar vantagem logo de saída na corrida eleitoral, Em relação às regiões, relativizando as proporções de cada uma e a densidade de municípios, a pesquisa confirma a prática do chamado coronelismo eletrônico concentrado no nordeste brasileiro, onde prevalecem políticos controlando meios de comunicação.
Quanto aos partidos, esses políticos surgem assim: 58 pertencem ao DEM, 48 ao PMDB, 43 ao PSDB, 23 são do PP, 16 do PTB, 16 do PSB, 14 do PPS, 13 do PDT, 12 do PL e 10 do PT.
No ano passado, uma subcomissão especial da Comissão de Ciência, Tecnologia e Informática da Câmara dos Deputados, analisou os processos no setor de radiodifusão e apresentou, em dezembro, relatório revendo as normas de concessão de rádio e televisão. Uma proposta de Emenda Constitucional foi encaminhada pelo grupo, acrescentando um parágrafo ao artigo nº 222 da Constituição, que estabelece: "não poderá ser proprietário, controlador, gerente ou diretor de empresa de radiodifusão sonora e de sons e imagens quem esteja investido em cargo público ou no gozo de imunidade parlamentar ou de foro especial".
Até quando vamos aceitar ser manipulados? Até quando políticos vão ficar livres só por serem políticos? Está na hora de mudar, não adianta nada eu escrever isso e quem ler não pensar duas vezes antes de votar. Chega de ser burro e viver na sombra desses que acham q são os donos do Brasil.

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