sexta-feira, 4 de outubro de 2013

segunda-feira, 15 de abril de 2013

o olhar

Algo tão simples que em segundos pode transmitir o nosso verdadeiro eu. Nada mais real do que nos olharmos de forma fixa pra se ter certeza de que é verdadeiro tudo o que está ocorrendo naquele momento quando se está com alguém e esse olhar esquiva-se, cuidado, pois tudo o que acontece naquele momento pode não passar de uma farsa quando ambos se olham fixamente, no silêncio, tão próximos a ponto de existir somente o barulho de suas respirações, não há como negar que estão entregues a seus sentimentos, entregues de alma, nus. Mas se este ato de olhar é algo que nos deixa transparecer tanto, porque é que quando duas pessoas se beijam elas fecham os olhos? porque isto nos foi imposto através de romances e contos de fadas? será o medo de assumir um sentimento? uma fraqueza? ou apenas de não suportar a ideia de se estar entregue ao momento? de se estar "nu" aos olhos do coração, do outro? Camila Gambeta (contribuição ao Olharpensador)

terça-feira, 26 de março de 2013

'Nunca ninguém nos ensinará como explicar o amor que algumas pessoas despertam em nós. A força da amizade que surge quando você se nota mais próximo de alguém, não saberemos explicar porque certas pessoas se tornam tão especiais em nossas vidas com o passar do tempo, como nos sentimos tão bem quando simplesmente pensamos nessa pessoa. É uma amizade que gera um sentimento bom que alimenta a alma, cresce o espirito e supri necessidades. Isso pode ser que seja amar de verdade, com o coração limpo, sem esperar recompensa, sem interesses.... por simplesmente se sentir bem em estar por perto.' Autor desconhecido, me perdoe por não saber quem é você.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Subirusdoistiozin Criolo (Tem uns menino bom novo hoje aí na rua, pra lá e pra cá, que corre pelo certo.. Mas já tem uns também que eu vou te falar, viu.. só por Deus, viu! Ave Maria!) Mandei falá, pra não arrastá, não botaram fé, subirusdoistiozin O baguio é loco, o sol tá de rachá, vários de campana aqui na do campin Má quem quer pretá, má quem qué branca, todo azulê requer seu rejuntin Pleno domingão, flango ou macalão, se o negócio é bão, cê fica é chineizin Cença aqui patrão, aqui é a lei do cão, quem sorri por aqui, quer ver tu cair É, é... justo é Deus, o homem não, ouse me julgá, tente a sorte fi. Para pa pa, para pa pa, para pa pa, para para papa Só função no doze, na garagem um Golf, bonitão na praia de Hornet, fi Tudo isso tem, e o apetite vai, pra bater de front, e Babylon cair As criança daqui, tão de HK, leva no sarau, salva essa alma aí Os perreco vem, os perreco vão, as vadia quer, mas nunca vão subir Cença aqui patrão, eu cresci no mundão, onde o filho chora e a mãe não vê E covarde são, quem tem tudo de bom, e fornece o mal, pra favela morrer Uns acham que são, mas nunca vão ser Feio é arrastar e nem perceber Para pa pa, para pa pa, para pa pa, para para papa Só função no doze, na garagem um Golf, bonitão na praia de Hornet, fi É, tudo isso tem e o apetite vai, pra bater de from e Babylon cair As criança daqui, tão de HK, leva no sarau, salva essa alma aí Os perreco vem, os perreco vão, as vadia quer, mas nunca vão subir Licença aqui patrão, eu cresci no mundão, onde o filho chora e a mãe não vê E covarde são, quem tem tudo de bom, e fornece o mal, pra favela morrer (Acostumado com sucrilhos no prato, né, moleque?) (Enquanto o colarinho branco dá o golpe no Estado)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

" Há frequentemente muita diferença entre a vontade de todos e ao vontade geral; essa só diz respeito ao interesse comum, a outra diz respeito ao interesse privado e não passa de uma soma de vontades particulares: mas retirado destas mesmas vontades os mais e os menos que se destroem, fica, na soma das diferenças, a vontade geral " ( Jean Jacques Rousseau )

segunda-feira, 26 de março de 2012

A guerra do ônibus

Aqui estou na segunda batalha do dia, e a guerra ainda está longe do seu fim. A primeira acabou não faz nem cinco minutos, e se estou na segunda eu já venci, consegui levantar da cama e agora estou batalhando meu lugar pra conseguir entrar num ônibus lotado para enfim chegar a tempo da minha aula.

Enfim depois de me espremer, quase perder o pé, minha mochila enganchar em mais de 10 pessoas e eu praticamente passar por cima de senhoras de idade com seus lindos cabelinhos brancos e seu cheiro de roupa guardada, consigo chegar até a catraca onde me deparo com a primeira pessoa que reparo nessa lata de sardinha que anda, com a camisa entre aberta dentes separados e um cheiro de cigarro o cobrador já me anima com seu super mau humor as 6:30 da manhã.- Dá um passinho pa trás ae fazendo favô! Parece que é só o que ele sabe falar.

Encosto em um canto e começo olhar quem está a minha volta, a maioria é de pessoas que parece estar indo trabalhar, acho que sou o único estudante presente ali, me sinto meio deslocado, mas fazer o que é o único jeito de ir pra aula. Entre um ponto e outro é uma partida e uma nova chegada, saem dois entram quatro, não consigo nem olhar pela janela pra saber onde estou, se o sol já saiu se está transito ou não me preocupo como horário, mas não consigo nem olhar as horas de tão apertado que está.

Começo a me sentir sufocado, sem ar começo a suar frio, até que como em um milagre em uma dessas paradas saem trinta e entram apenas três, consigo até um lugar pra sentar e agora sim consigo perceber quem realmente está ali. O cobrador com um suspiro de alívio se ajeita na cadeira que parece ser desconfortável e dorme. Olho para a porta de entrada e vejo uma linda mulher entrando, muito charmosa, linda e não é que ainda estou dormindo, já estou bem acordado e enxergando bem, afinal acho que já estou na décima batalha. Já não sei mais, já perdi as contas.

Ela nem se quer chegou perto e eu não consigo tirar os olhos dela. Começo a martelar na minha cabeça: - Preciso que ela perceba que estou aqui, ela tem que me ver. Nem percebi e já estou na Avenida Paulista, e parado em um farol descubro uma coisa que nem eu mesmo acredito. Em meio tantos carros, buzinas de moto, motores acelerando, é possível ter minutos de silêncio em plena principal Avenida de São Paulo. E é nesse instante que a escuto com uma voz meiga: - Cobrador, cobrador, por favor, acorda.

Ele parece nem ver o quanto ela é linda de tanto sono que está, ela começa se aproximar e eu começo a sentir seu perfume em meio o cheiro do ônibus, que não é nada agradável, cheira suor cigarro misturado com o cheiro da fumaça que vem de fora, mas é só ela se aproximar que nem sinto mais nada além do seu perfume doce, não consigo parar de olhar para ela, e ela nem me percebe ali.

Meu ponto já está chegando, me levanto e tento um contato: - Pode sentar! Ela finge nem me ouvir e me ignora. Eu já tenho q descer e fico na dúvida se perco a hora da aula pra tentar descobrir mais dela ou se vou pra aula, me lembro que não posso mais faltar. O jeito é dar o sinal e enfrentar mais um dia de aula.
Amanhã vou enfrentar a guerra do ônibus de novo, mas com mais esperança.

terça-feira, 22 de novembro de 2011