segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Felizes são os que sonham e voam.

Pombos são livres, sabem voar, vão aonde querem sem se preocupar. Gostaria muito de ser um desses, mesmo com tanta gente odiando pombos na nossa cidade. Quando vemos uma pomba branca do que nos lembramos? Paz. Como queria poder voar 315 quilômetros sem me cansar, sendo que hoje reclamo de ter que ir até o ponto de ônibus.
Conseguem ser monogâmicas, o que é muito difícil hoje em dia, infelizmente. Só se casam de novo quando o parceiro morre. Pense quantas línguas um animal desse escuta em um só dia? Passa por diversos bairros da nossa cidade desde a Liberdade, dos japoneses, até o Bexiga, dos italianos, sem contar os sotaques aprendidos por diversas migrações existentes aqui, e ainda podem ir conhecer muitas outras culturas. Ai como queria ser uma pomba!
Tenho certeza que seu eu pudesse seria uma, mas não uma pomba que come milho jogado no lixo, o resto de migalhas, seria um pombo mensageiro afinal seria um pombo jornalista, através de mim seriam passadas informações. E faria questão de ser o melhor pombo correio do mundo. Assim não precisaria ficar fugindo de pontapés, de gritos e sustos, não precisaria roubar comida pra sobreviver. Mas até mesmo os pombos que fogem de pessoas e roubam comida são mais livres do que os seres humanos sempre engravatados, preocupados com a ganância, a necessidade de ganhar dinheiro, de chegar a algum lugar, de sempre querer ser superior, tenho certeza de que os pombos se ajudam, desde o que come lixo até o que leva as mais diversas informações, o jornalista. A competição não é tão selvagem quanto à dos homens.
Um dia me descobrirei um pombo e viverei livre buscando novas culturas,sem me preocupar com os gritos e pontapés.


Bruno Fedeli Hirata

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